segunda-feira, 27 de julho de 2020

Análise: Bolsonaro é fenômeno e a mídia moderninha é trouxa!



Reportagem da Veja elenca alguns dos problemas enfrentados por Jair Bolsonaro.
Cita:

"A conturbada demissão de seu ministro mais popular, Sergio Moro, duas trocas no Ministério da Saúde, a abertura de um inquérito para apurar interferência política na Polícia Federal, a divulgação em vídeo de uma escabrosa reunião de seu gabinete, o cerco a bolsonaristas radicais em duas investigações do Supremo, a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), em uma casa do advogado de Bolsonaro, o diagnóstico de Covid-19 do chefe do Executivo e o saldo nefasto de mais de 80 000 mortos pela doença, menosprezada por ele."

Em seguida completa:

"Mesmo em meio a dificuldades sérias, que poderiam estraçalhar a popularidade de inúmeros políticos, Bolsonaro segue firme, mostrando mais uma vez que é um fenômeno político. Se a disputa presidencial fosse hoje, ele seria reeleito."

Como se fosse impossível entender como um governo tão enrolado e ao mesmo tempo sacaneado segue para a reeleição. Mas está claro e só não vê quem não quer: Bolsonaro é (apenas e tão somente) o antagonismo do mal progressista. A grande fatia que o apoia segue abraçada com ideais conservadores, para a qual soam como música a defesa de valores familiares e morais.

Entenda duma vez: na balança do eleitor, tem importância perto de ZERO o valor do real, a troca de ministros, as mortes de Covid-19, o desemprego, a inflação, etc. Bolsonaro pode tudo, se continuar parlamentando em favor da família, da auto defesa, do respeito aos méritos pessoais, da vida de quem não é criminoso.

Ele foi eleito precisamente para romper com o modernismo de quem nega a Deus solenemente e defende o direito egoísta de ser e fazer o que quiser. E enquanto essa bandeira estiver de pé, seu governo não cairá.

Quanto mais beijo homossexual nas novelas, quanto mais debate sobre o "direito" de abortar uma gravidez, quanto mais anti-catequese da TV, mais o voto pró Bolsonaro se solidifica. Acontece que ele representa a maioria de brasileiros que estava cansada de ser tratada como quadrada. E cada crítica ao presidente é uma crítica a esse eleitor, que vai responder com voto.

Além disso, no caso da pandemia, a OMS (que também está situada na margem oposta do pensamento conservador sobre vida e família), erra num bote atrás do outro sobre o que fazer pra conter o Corona. O pensamento quadrado vai ganhando bordas e Bolsonaro vai contornando a crise com seu discurso de "segue o jogo" e bora viver em paz.

Enquanto a mídia moderninha e cheia de ciência deturpada continuar batendo nessa massa, ela vai continuar crescendo.

Cada capítulo de Malhação, cada parte do Jornal Nacional, cada programa da GNT, cada piada de Fábio Porchat aguça uma multidão que fecha com Bolsonaro. Encontraram nele um escudo para os ataques aos bons costumes. Este é o fenômeno que a Veja e alguns outros não querem acreditar que está acontecendo.

Batam numa ponta e o presidente cresce na outra.